Tomate, purê e bolo: saiba o que aconteceu com 7 obras de arte raríssimas atacadas pelo mundo

Reprodução Twitter/@JustStop_Oil

A pintura “Girassóis” de Van Gogh foi vandalizada por ativistas ambientais do grupo Just Stop Oil, que atiraram sopa de tomate no quadro em 14 de outubro, na Galeria Nacional de Londres, no Reino Unido. O objetivo da ação era cobrar que o governo britânico suspendesse novos projetos de extração de petróleo e gás. Por ser protegida por vidro, a tela não sofreu nenhum dano. Na moldura dourada, entretanto, houve alguns arranhões

Montagem R7/Reprodução Twitter

No último domingo (23), um quadro de Claude Monet, da série “Les meules”, que está em exposição no Museu Barberini em Potsdam, cidade próxima a Berlim, na Alemanha, foi alvo de um ataque com purê de batatas. O grupo ativista pelo clima Letzte Generation, responsável pelo ato, afirmou que a motivação foi a mesma do Just Stop Oil, que questionou: “O que vale mais, a arte ou a vida?”. A pintura — a mais cara já vendida do pintor — também era protegida por uma camada de vidro, o que impediu que fosse danificada

Divulgação/Letzte generation

Também conhecida com “Gioconda”, a “Mona Lisa” já sofreu diversos ataques. O quadro mais famoso de Leonardo da Vinci, que está exposto no Louvre, em Paris, na França, já foi alvo de ácido, tentativa de depredação com spray e roubo. A última ação contra a obra ocorreu em 29 de maio, quando um visitante que usava peruca e estava em uma cadeira de rodas lançou uma torta em direção à ela. Devido ao histórico turbulento, a pintura também é protegida por uma placa de cristal, a qual impossibilitou o estrago

Montagem R7

Embora o ataque seja antigo, as consequências do atentado à tela “Danaë”, pintada por Rembrandt, foram duradouras. Em 1965, um homem entrou no Museu Hermitage, em São Petersburgo, na Rússia, e atirou uma enorme quantidade de ácido sulfúrico sobre a obra, além de golpeá-la duas vezes com uma faca. A pintura foi terrivelmente danificada e passou por um longo processo de restauração, entre 1985 e 1997. Entretanto, até hoje é possível ver os danos restantes, principalmente na parte central da tela, onde estão o braço e a perna direitos da figura representada

Reprodução/Art Damaged

Uma das esculturas mais famosas de Michelangelo, a “Pietá” também sofreu um atentado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Em 1972, ela foi golpeada por um homem enquanto ele gritava “eu sou Jesus Cristo” durante uma cerimônia religiosa. A obra perdeu o braço e parte do nariz com as marteladas do vândalo e teve de passar por um intenso processo de restauração. Hoje, ela é exibida com a proteção de uma parede de vidro

Reprodução/Artland Magazine

O painel “Guernica”, de Pablo Picasso, também está entre as obras que foram alvo de um ato de vandalismo. Em 1974, um homem teria pintado com uma tinta em spray vermelha a frase “Kill Lies All” (“Mate todas as mentiras”, em tradução livre) sobre a pintura, que estava em exibição no MoMA, em Nova York. Logo após o ato, porém, restauradores agiram e o quadro foi salvo sem muitas complicações

Reprodução/Artland Magazine

Apesar de não ser uma pintura ou escultura clássica, a estátua de cera do rei Charles 3º no museu Madame Tussauds, em Londres, também está na lista de obras que foram alvo de ataques. Na última segunda-feira (24), outros dois ativistas do Just Stop Oil jogaram dois bolos de chocolate no rosto do “boneco” do monarca. O setor da família real foi fechado para possíveis reparos

Reprodução Twitter/@JustStop_Oil